Novembro à chuva ou Axl Rose só exististe porque eu já tive doze anos

O Axl Rose está gordo. O Axl Rose está gordo e velho. Procuro no youtube o Axl Rose do tempo em que lembro do Axl Rose. À memória; e o cliché é tanto, não sei como fugir. Não sei como se põe aqui. Como se pode dizer, escapar ao que fomos?
Conheci o Axl Rose quando tinha doze ou treze anos e as hormonas aos saltos. O Axl Rose costumava ter um lenço apertado na cabeça, voz aguda, cabelo passado a ferro pelas costas, calções curtos de lycra, um blusão com estrelas brancas em fundo vermelho e azul.
É estúpido? Não consigo precisar o que encontrava, como não consigo dizer o bocado de mim estampado no romantismo piroso dos Armas e Rosas. Só o nome, que coisa tão. Quando comecei a escrever isto pensei que tinha muito a dizer, mas talvez não esteja preparado para um incursão ao que fui. Não podemos buscar o que já foi. Está altura de deixares essa nostalgia doentia, Antunes.



Hoje não é ontem:
http://image.guardian.co.uk/sys-images/Arts/Arts_/Pictures/2008/04/11/axl460.jpg

4 comentários:

Anónimo disse...

Não acredito que essa fotografia é do Axl...

Tulicreme disse...

Partilho da tua opinião, e é tão triste não encontrar um ídolo da pré-adolescência nos dias de hoje.
Mas para te animar, pega lá:
http://www.youtube.com/watch?v=E0HsnCA6jAI

António A. Antunes disse...

Polliejean! Estás viva? Gosto de ti pá. Onde andas?

Anónimo disse...

Estarei sempre presente nos comentários do teu blog, mesmo quando nao comentar ;)